"No New Covent Garden Market, o maior
mercado de fruta e legumes no Reino Unido, os preparativos para o Brexit seguem
a todo o vapor.
Um dos maiores distribuidores, EuroFrutta,
abastece restaurantes, hoteis e escolas com produtos frescos mas agora está a
braços com um problema sem precedentes, a falta de pessoal.
"Antes do referendo não tinhamos
problemas para encontrar pessoas para trabalhar no turno noturno... desde o
referendo isso tornou-se um pesadelo", diz Daniel Fulgoni que trabalha
para a distribuidora Eurofrutta.
O clima de incerteza quanto ao futuro e às
barreiras alfandegárias pode ter consequências desastrosas para muitas outras
empresas que dependem de produtos frescos.
"Produtos normais como brócolos,
aipos e morangos são provenientes de Espanha", afirma.
O repórter da euronews Luke Hanrahan
adianta.
"Um terço da fruta e legumes do Reino
Unido vem da Europa. É um negócio que vale 10 mil milhões de euros por ano.
Se o Reino Unido sair da União Europeia
sem um acordo, vai regressar às tarifas da Organização Mundial do Comércio.
Isso significa taxas adicionais sobre produtos do quotidiano. Há quem diga que
os preços nas lojas vão subir.
A pouco mais de um mês para o Reino Unido
sair da União Europeia, as interpretações relativas às consequências variam de
forma significativa."
Adaptado de: Euronews